Israel e Palestina: Questões étnicas, territoriais e religiosas (parte 3)



Contexto bíblico na visão Israelense e Palestinos

A Palestina histórica é uma região localizada a sudeste do Mediterrâneo, (composta atualmente por Israel), pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia. Esta área é sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.




Desde o final do século XIX , tem sido sujeito a reivindicações por movimentos nacionais judaicos e árabes.As reivindicações judaicas baseiam-se na promessa bíblica a Abraão e aos seus descendentes e de que a Palestina era o local do reino judaico de Israel. Já as reivindicações palestinianas baseiam-se na residência contínua durante centenas de anos e na constituição da maioria. Alguns árabes acrescentam que, uma vez que Ismael, filho de Abraão, é o antepassado dos árabes, então a promessa de Deus aos filhos de Abraão inclui também os árabes.
 

Ondas de imigração


Durante o domínio Otamano e o mandato Britânico, milhares de imigrantes judeus chegaram a Palestina. Os Britânicos prometeram um estado judaico na palestina em 1917, através da declaração de Balfour. mas pouco antes da declaração de Balfour os Britânicos também prometeram as árabes um estado na mesma parcela de terra. Mas enquanto isso os judeus iam ganhando mas terras e influências.

Grã-Bretanha

O mandato Britânico demarcou geograficamente a Palestina, definindo especificamente a Palestina como a área a oeste do Rio Jordão (hoje conhecido como Jordão)A Grã-Bretanha entãp decidiu separar-se a leste do rio Jordão para entregá-lo à família Hachemita.

Fim da segunda guerra mundial

A ONU e o plano de partilha

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha renunciou ao seu mandato sobre a Palestina e solicitou a intervenção da ONU. 
A ONU propôs um plano de partilha, com um Estado para os Judeus, outro para os Palestinos e uma Jerusalém internacionalizada. Os árabes rejeitaram a proposta porque dava aos judeus mais terras do que aos árabes, então a luta eclodiu entre os dois lados.


Assentamentos Judeus - Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental

Em 1967 Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, imediatamente começou a contruir assentamentos nos topos das colinas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Práticas que não foram muito bem vistas internacionalmente.

Jerusalém Oriental



Em 1948 Israel assumiu o controle da Jerusalém Ocidental e da Jordânia, a parte Oriental. A Jerusalém Oriental inclui importantes locais religiosos para os judeus, mulçumanos e cristãos.
Somente em 1967, Israel anexou a Jerusalém Oriental, declarando-a como sua capital. Em 2005 Israel se retirou da Faixa de Gaza e desfez seus assentamentos, mas continuou mantendo o controle sobre os recursos subterrâneos, o fornecimento de energia, as fronteiras e o espaço aéreo.

Península Do Sinai

Ainda em 1967 Israel ocupa a Península do Sinai. somente em 1979, com o acordo de paz egípcio-israelense Sinai é devolvido ao Egito.
O tratado de paz impôs diversas restrições incluindo a proibição da presença militar, o que deu refúgio a grupos rebeldes locais. segundo algumas informações as Penínsulas servem como rotas de contrabando de mercadorias e de arma e inclui também o tráfico humano. 
Devido a essas repercussões a segurança sobre a Península é de interesse tanto de Israel, quanto a do Egito.

Acordo não respeitado



Após a guerra em 1967, o conflito começou a assumir uma forma étnica.  De acordo com Klein , “o nacionalismo étnico reivindica o direito à autodeterminação nacional, com a nação baseada em uma origem comum e afiliação 'tribal' de seus membros, uma história, cultura, língua compartilhada e, na maioria das vezes, uma religião comum ou dominante . 

Nesta perspectiva, tanto o sionismo – o movimento nacional judaico – como o seu homólogo palestiniano são movimentos étnico-nacionais”. A etnocracia israelita manifesta-se na estratégia sionista de longo prazo de judaizar a pátria entre o rio Jordão e o Mediterrâneo. Israel estabeleceu um sistema de dois níveis na Cisjordânia, um para os palestinos e outro para os colonos judeus. 

Como funciona esse sistema ? 

Os Palestinos são privados de serviços públicos e acessos a certas estradas, somente podenser utilizadas por israelitas e não por palestinos.

Monte do Templo e Haram al-Sharif

Vários lugares sagrados para judeus e muçulmanos ocupam os mesmos locais; como o Monte do Templo para os judeus e Haram al-Sharif para os muçulmanos. 
Após a ocupação israelense de Jerusalém Oriental em 1967, Israel e a Jordânia concordaram que o Fundo Islâmico controlaria os locais sagrados islâmicos, enquanto Israel seria responsável pela segurança externa. Assim, os não-muçulmanos, incluindo os judeus, podem entrar nos locais como turistas e não como fiéis. 

O acordo não foi respeitado e vários grupos religiosos judaicos desafiavam o governos israelita de entrar no complexo da Mesquita de Aqsa. sendo um dos principais desejos de um desses grupos a construção do terceiro templo judaico neste complexo, o que irrita bastante os palestinos.


Disputa territorial


Israel e Palestina reivinicam a mesma terra. Em 1948, aproximadamente 750 mil Palestinos fugiram de suas casas para países vizinhos em busca de segurança. as propiedades deixadas para trás por Palestinos foram ocupadas pelo governo Israelense sob a lei de propiedade de ausentes, esta lei permite a venda dessas propiedades ao fundo nacional judaico, agências públicas e ao governo. Em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia o estado Israelense ainda se utiliza desta lei para utilizar extensões de terras agrícolas e propiedades palestinas.
De 1993 a 2013 o número de colonos judeus nos assentamentos próximos a Cisjordânia atingiram meio milhão de judeus que vão se anexando a terras palestinas sendo a maioria de propiedade privada.










Postar um comentário

0 Comentários